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A castração de animais é um assunto que gera muitas dúvidas para os donos. É seguro? Faz bem para o animal? Quando fazer? Acompanhe a entrevista com o médico-veterinário Luiz Carlos Nunes Arruda Júnior e tire suas dúvidas.
Castração é a esterilização de um animal (macho ou fêmea), praticada para fins de controle reprodutivo, podendo inclusive ser feita de forma química, em que é utilizada substância causadora de esterilidade nos machos.
No macho é feita por meio da retirada dos testículos (orquiectomia) e de forma química, na qual é injetada uma substância nos testículos, que causa a infertilidade.
Outra forma de controle da fertilidade no macho é a vasectomia, em que é retirada parte do ducto espermático, tornando o indivíduo infértil.
Na fêmea a castração consiste na retirada cirúrgica do útero e dos ovários. Existem opiniões diferentes quanto à retirada de um ou de ambos os ovários.
Não é perigoso, os riscos envolvidos são os mesmos de qualquer procedimento cirúrgico. Cabe ao médico-veterinário avaliar cada caso quanto aos riscos potenciais.
Sim, a castração é indicada para várias espécies em que se deseja fazer um controle da fertilidade.
Através da castração, evitam-se todos os transtornos decorrentes da reprodução e da ação hormonal, como brigas, demarcação de território, fugas, doenças sexualmente transmissíveis, etc.
Conforme a necessidade, a castração pode ser praticada em qualquer idade. Atualmente se recomenda a castração de fêmeas antes do primeiro cio, pois assim também se reduz muito a incidência de tumores de mamas.
A cirurgia deve ser feita por médicos-veterinários capacitados, em centros cirúrgicos adequados às normas da Anvisa, respeitando a saúde do animal, de forma que não produza nenhum tipo de sofrimento para o mesmo.
A recuperação costuma ser tranquila. O pós-operatório é tão importante quanto a cirurgia em si, e consiste no uso de antibióticos e curativos locais, além de restrição de exercícios físicos que possam comprometer a recuperação.
Toda cirurgia envolve riscos. Cabe ao médico-veterinário avaliar, juntamente com os donos do animal, o grau de risco que envolve o procedimento, dependendo das condições de saúde do animalzinho.
Existem diferentes tipos de anestésicos utilizados na medicina veterinária, o médico-veterinário irá indicar o anestésico que melhor se adequar às condições da cirurgia.
Hoje em dia tem-se utilizado muito as anestesias inalatórias, em função da segurança que estas representam.
Em casa o proprietário deve seguir à risca as recomendações do médico- veterinário, cumprindo corretamente os horários das medicações (principalmente antibióticos). Basicamente estes cuidados consistem em medicação oral, curativos locais e restrição de exercícios.
Isto ocorre em alguns casos, principalmente nos machos, mas pode ser evitado com um programa nutricional adequado.
Esta engorda pode estar relacionada à redução de atividades físicas, pois o macho castrado reduz muito atividades que antes praticava por estímulo hormonal, como demarcação de território, busca e disputa de fêmeas, etc.
Para o animal, a castração não representa desvantagem significativa.
Existem algumas controvérsias quanto a estes aspectos, mas em geral hoje em dia este ainda é um risco pouco significativo e pode estar associado mais a caráter hereditário do que à cirurgia em si.
Geralmente observamos um comportamento mais pacífico em animais castrados, porém não podemos fazer disto uma regra.
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